17/11/2008

LYGIA BOJUNGA, UMA AUTORA DE TALENTO!


Paticipei do 9º Encontro das Literaturas semana passada. Fui assistir o bate papo com a autora Lygia Bojunga. Saí do bate papo ainda mais encantada com a pessoa e profissional. Na platéia,crianças lotavam o teatro, com os olhinhos brilhantes, cheias de curiosidade, participavam, interagiam e aplaudiam com muito entusiasmo a simpaticíssima e brilhante escritora.
Uma das coisas que gosto mais em criança é a curiosidade. Elas querem desvendar o mundo e saber sobre tudo e todos. Aquela perguntinha “Porquê isso?” “Porquê aquilo?”, é o que existe de mais sábio nelas...que pena que, na maioria das vezes, com o passar do tempo, muitos adultos acabam “podando” tamanha curiosidade. No entanto, Lygia Bojunga, com toda paciência e cuidado ao escolher as melhores palavras, respondeu todas as perguntas sabiamente.
Entre todas, gostei quando uma criança perguntou:
- Lygia que tipo de livro você mais gosta de ler e escrever? De terror ou de fazer rir?
Ela pensou por um instante então respondeu:
- Sabe, a vida da gente não é só uma comédia, nem só drama. Então, acho que livro bom tem que ter um pouquinho de tudo. Um pouco de Comédia, um pouco de drama, um pouco de terror e um pouco de amor!

Então deixo aqui uma dica de um dos livros da Lígia que acho FABULOSO e se chama “A BOLSA AMARELA” que é a história de uma menina que esconde na sua “bolsa” três grande desejos: o desejo de crescer, de virar garoto e de ser tornar uma escritora. O livro é divertido e muito gostoso de ler, vale a pena!
Segue um texto que ela escreveu no seu site e no fim do Bate Papo nos deu a honra de ouvi-la recitando.

LIVRO – A TROCA
Lygia Bojunga

Pra mim, livro é vida; desde que eu era muito pequena os livros me deram casa e comida.
Foi assim: eu brincava de construtora, livro era tijolo; em pé, fazia parede, deitado, fazia degrau de escada; inclinado, encostava num outro e fazia telhado.
E quando a casinha ficava pronta eu me espremia lá dentro pra brincar de morar em livro.
De casa em casa eu fui descobrindo o mundo (de tanto olhar pras paredes). Primeiro, olhando desenhos; depois, decifrando palavras.
Fui crescendo; e derrubei telhados com a cabeça.
Mas fui pegando intimidade com as palavras. E quanto mais íntimas a gente ficava, menos eu ia me lembrando de consertar o telhado ou de construir novas casas. Só por causa de uma razão: o livro agora alimentava a minha imaginação.
Todo dia a minha imaginação comia, comia e comia; e de barriga assim toda cheia, me levava pra morar no mundo inteiro: iglu, cabana, palácio, arranha-céu, era só escolher e pronto, o livro me dava.
Foi assim que, devagarinho, me habituei com essa troca tão gostosa que – no meu jeito de ver as coisas – é a troca da própria vida; quanto mais eu buscava no livro, mais ele me dava.
Mas, como a gente tem mania de sempre querer mais, eu cismei um dia de alargar a troca: comecei a fabricar tijolo pra – em algum lugar – uma criança juntar com outros, e levantar a casa onde ela vai morar.

(Mensagem de Lygia Bojunga para o Dia Internacional do Livro Infantil e Juvenil, traduzida e divulgada nos 64 países membros do IBBY).

Para saber mais sobre Lygia Bojunga é só entrar no seu site: http://www.casalygiabojunga.com.br/frames/obras.htm

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1 Comentários:

Anonymous Anônimo disse...

OI RÚBIA TUDO BEM.QUE SAUDADE DE VC MOÇA.ESTE IMPORTANTE EVENTO DEVE TER SIDO MUITO LEGAL.EU ADORO LER E MUITAS VEZES A GENTE ACABA SE IDENTIFICANDO MUITO COM OS PERSONAGENS.ADORO TODAS AS VEZES QUE VC CONTA HISTÓRIAS NO PROGRAMA,MUITAS DELAS ME FEZ CHORAR,POIS ME SENTI FAZENDO PARTE DA HISTÓRIA.
BEIJOS

28 de dezembro de 2008 às 04:52  

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